Gravação de depoimentos acelera audiências criminais

Gravação de depoimentos acelera audiências criminais

Sexta, 11 de Fevereiro de 2011

 
https://www.cnj.jus.br/index.php?option=com_content&view=article&id=13598:gravacao-de-depoimentos-contribui-para-acelerar-audiencias-criminais-no-rj-e-rn&catid=1:notas&Itemid=675

Os tribunais que estão utilizando recursos audiovisuais como câmeras de TV e microfones para gravar os depoimentos das partes nas audiências criminais têm obtido inúmeras vantagens com esse tipo de procedimento, tais como redução em cerca de 50% do tempo das audiências, mais dinamismo na tramitação dos processos e depoimentos mais fidedignos – uma vez que, dessa forma, é possível se observar fatores como linguagem verbal e gestual dos depoentes.  Este foi o tema debatido na última etapa do painel do Workshop realizado nesta quarta-feira (09/10) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Os participantes do evento puderam conhecer, de perto, detalhes de experiências observadas nos tribunais de justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) e do Rio de Janeiro (TJRJ) na realização de audiências filmadas. De acordo com o juiz Rosivaldo Santos, titular da 2ª. Vara criminal da Zona Norte de Natal, o projeto foi iniciado com o uso de requisitos mínimos, tais como uma webcam simples, adaptador e dois microfones de lapela – trabalho que vem sendo realizado com êxito até os dias atuais.

Em primeiro lugar, a experiência é bem sucedida porque o projeto também confere mais dinamismo às audiências e evita que as testemunhas fiquem esperando muito tempo – uma vez que não precisam mais assinar o termo final do depoimento. O juiz também destacou que não há, com a prática, ofensa ao direito autoral dos depoentes - com exceção de casos específicos, que precisam ser avaliados e tratados com mais atenção, como uma vítima de estupro, por exemplo. Segundo ele, na sua vara o número de processos existentes quando ele assumiu era de 1.023. Atualmente, a vara possui 272 processos. Lá, um réu preso é julgado em período médio de 45 dias.

Adequação - Já o juiz Fábio Porto, do TJRJ, que participou do desenvolvimento do sistema de registro audiovisual de audiências no tribunal carioca, explicou que a experiência do Rio é um pouco diferente da do Rio Grande do Norte, porque lá foi realizado um trabalho antecipado para preparação e adequação do sistema para o registro das audiências. O juiz, no entanto, chamou a atenção para a importância da capacitação e informatização dos tribunais na utilização desse sistema. “Reestruturar o Judiciário não é só contratar novos servidores e construir prédios. São necessários racionamento e práticas de gestão”, afirmou.

O conselheiro do CNJ Felipe Locke, um dos mediadores do painel, disse que as duas experiências mostradas são próximas e vão ao encontro do trabalho do CNJ, no sentido de cumprir o papel de estar ao lado dos juízes, aprimorando o processo judicial e a prestação jurisdicional. Afirmação que foi reiterada pelo conselheiro Walter Nunes, segundo o qual, o órgão está adiantado no trabalho de desenvolvimento do processo judicial eletrônico (PJe). Walter Nunes ressaltou que até o final de março será entregue aos tribunais, por parte do Conselho, a parte cível desse trabalho (PJe). Posteriormente, será entregue a parte criminal.

 

Hylda Cavalcanti
Agência CNJ de Notícias

Notícias

Se for de alto padrão, bem de família pode ser executado

Dignidade garantida Se for de alto padrão, bem de família pode ser executado 1 de abril de 2025, 12h57 Para o juiz, o dono da loja tem condições financeiras suficientes para não ficar desamparado. Ele determinou, então, a penhora do imóvel, e destinou 50% do valor à autora da ação. Confira em...

Pacto antenupcial: Liberdade, proteção e maturidade a dois

Pacto antenupcial: Liberdade, proteção e maturidade a dois Marcia Pons Mais do que divisão de bens, o pacto antenupcial tornou-se uma escolha consciente de casais modernos que valorizam autonomia, planejamento e vínculos duradouros. domingo, 30 de março de 2025   Atualizado em 28...

Vontade de um dos cônjuges é suficiente para a concessão de divórcio

LAÇOS ROMPIDOS Vontade de um dos cônjuges é suficiente para a concessão de divórcio Rafa Santos 28 de março de 2025, 8h23 Ao analisar o caso, o desembargador acolheu os argumentos da autora. “Antes da Emenda Constitucional n. 66/2010, a Constituição exigia separação judicial ou de fato antes da...